quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ideias de Senso Comum e Teorias Explícitas

1. Duas ideias de senso comum incorrectas sobre o desenvolvimento humano e razões pelas quais são consideradas incorrectas<


Teoria implícita:
Perspectiva inatista sobre o desenvolvimento da inteligência: A inteligência é inata, hereditária, determinada biologicamente, mantem-se invariável ao longo da vida, portanto não passível de desenvolvimento.

Esta ideia do senso comum é considerada incorrecta pois existem estudos científicos (teoria explícita) que vêm comprovar que é o sujeito que constrói e desenvolve a sua inteligência que é dimensionada e situada num contexto de interacções favoráveis. Os padrões genéticos são um ponto de partida do desenvolvimento da inteligência, no entanto, a sua evolução depende das experiências e das aprendizagens do sujeito que é implicado e activo neste processo (perspectiva construtivista e interaccionista).

Teoria implícita:
Ver a vida do adulto como o momento de referência para avaliação das outras etapas da vida, portanto considera-lo como o momento óptimo do desenvolvimento humano.

Esta ideia do senso comum é incorrecta pois existem estudos científicos que demonstram que o sujeito é activo e participante no seu devir, só ele constrói o seu desenvolvimento e portanto tem as suas próprias potencialidades e que devem ser correspondentes com a fase em que se encontra na vida relativamente a habilidades, conquistas e comportamentos.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Modelo dos Papéis dos Professores




O Modelo dos Papéis dos Professores é um dos modelos integrantes da categoria Funções e interacções do Professor considerado por Boutinet na sua pesquisa revista.
Os modelos propostos pelos investigadores pretendem avaliar o papel do professor quando começa uma aula online, como se devem promover as actividades referente, por exemplo, aos debates, actividades de grupo, palestras e outros que fazem parte do ensino presencial e qual a quantidade de tempo que deve o professor dispensar.
São apresentados por Boutinet quatro estudos que apresentam modelos dos Papéis dos Professores a considerar.

· Offir e Lev (2000) construíram um modelo de compreensão da participação de alunos e professores partindo da análise de Henry (1992) relativa apenas aos alunos, incluindo seis categorias: Social: Processual; Expositiva; Explicativa; Tarefa Cognitiva; interacções na Assistência à Aprendizagem.
Concluíram que existia uma correlação, que aumentava ao longo do tempo, entre as interacções sociais dos professores e as interacções na assistência à aprendizagem. Procuraram melhorar os resultados dos alunos através de modificações dos comportamentos dos professores e consideraram como papel do professor o apoio aos aspectos afectivos e sociais do curso. O curso em questão era híbrido pois considerava elementos de vídeo, áudio bidireccional e elementos online, por essa razão é provável que os aspectos referidos, relativos ao papel do professor, se percam em cursos exclusivamente à distância.

· Goodyear e colaboradores (2001) desenvolveram, num workshop realizado no Reino Unido em 2000, uma identificação e descrição dos Papéis do Professor, aos quais são associados competências chave: o Facilitador do processo; o Conselheiro; o Assessor; o Investigador; o Facilitador; o Tecnológico; o Designer.

· Bonk e colaboradores (2000) apresentam uma tipologia de assistência à aprendizagem, na qual descriminam as categorias dos tipos de apoio à distância disponibilizados pelos professores: Conhecimento Social e Cognitivo: Questionamento; Instrução directa; Exemplos; Feed-back / Louvor; Estruturar tarefas Cognitiva; Elaborações / Explicações Cognitivas; «Empurrar» para Explorar; Fomentar a Reflexão / o conhecimento de Si Próprio; Encorajar o Dialogo; Aconselhamento / Sugestão geral; Gestão.

· Salmon (2000) oferece um modelo com cinco etapas para a educação à distância: Acesso e Motivação; Socialização Online; Troca de Informações; construção de Conhecimentos; Desenvolvimento. Salmon considera que o papel do professor (E-moderador) é o de «Tecelão» e não de instrutor ou transmissor de conhecimento.

Em síntese apenas o primeiro estudo releva elementos comprovados sobre os Papéis dos Professores e ainda assim não se realizou num ambiente integral de educação online. Os outros estudos são considerados, por Boutinet, como promissores e interessantes para futuras pesquisas, sendo na actualidade meramente descritivos.
Considera, também, que a pesquisa relativa aos Papéis dos Professores no ensino à distância está ainda numa fase inicial.

educação e Internet


Novos Paradigmas na Educação

From: marilenajardim, 4 months ago





A pedogogia relutando em aceitar as tecnologias contemporâneas dentro da escola pode sofrer uma exclusão social. Deve-se haver uma mudança nos paradigmas na educação.


SlideShare Link

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A Presença Social


A Presença Social é um dos modelos que integram a categoria Funções e Interacções dos Estudantes que Boutinet considera na sua pesquisa revista.
O conceito de Presença Social foi introduzido por Short e colaboradores em 1976, diz respeito tanto ao meio envolvente como aos participantes e são os seus elementos mais relevantes a intimidade (respostas pessoais) e a proximidade (interacções verbais e não-verbais).
São apresentados quatro estudos que utilizam a Presença Social como forma de compreender a integração entre estudantes e professores no ensino superior online.
Os estudos apresentados envolvem um determinado número de alunos e situações de educação online.


· Gunawardena e Zittle (1997) procuraram compreender o grau de satisfação dos estudantes em relação ao ensino à distância, considerando a Presença Social como um dos parâmetros reveladores.
Descobriram que a presença social representava 60% da variante no grau de satisfação com o curso de ensino à distância em questão e que existiam outros factores significativos, tais como, a Igual Oportunidade de Participação e Capacidades Técnicas que apenas representavam 8% da variância no grau de satisfação;

· Rourke et al. (1999) criaram, e apenas testaram, um sistema de codificação com doze indicadores, inseridos em três categorias (afectivo; interactivo; coesivo), referentes à Presença Social enquanto «habilidade dos alunos se projectarem social e afectivamente numa comunidade de inquirição» (p. 50).
Após a testagem do sistema, referem que a Presença Social foi diminuindo ao longo do tempo e que alguns dos indicadores são mais relevantes na Presença Social do que outros;

· Rourke e Anderson (2002) formaram equipas de pares para a discussão de conteúdos do curso de pós-graduação em Comunicação.
Referiram que os alunos, através deste método, sentiam mais satisfação nas discussões e, inclusivamente, referiam uma melhor aprendizagem dos conteúdos enquanto líderes da discussão;

· Garrison et al. (2001) ampliaram o conceito de Presença Social para Presença Cognitiva. Consideram que a Presença Cognitiva consiste numa medida do grau de envolvimento na inquirição.
Criaram um modelo com quatro fases: Accionamento; Exploração: Integração; Resolução.
Concluíram que a interacção dos estudantes se dá principalmente na fase da Exploração (42%) através da partilha de ideias. A Interacção na fase do Accionamento representa (%, na integração 13% e na Resolução 4%.



Em síntese, Boutinet considera que, dos estudos revistos, a Presença Social se revela como um factor primordial no grau de satisfação e na aprendizagem através da participação activa nas actividades e discussões online. Também refere que o estabelecimento da Presença Social tem mais impacto no inicio dos cursos.